quinta-feira, 10 de março de 2011

Rango (2011)



O ato de ir ao cinema não se resume apenas a ficar observando o que se passa na tela. Tem todo aquele ambiente, com sons, cheiros e outras sensações. E de cara já admito que a sessão de Rango teve muita influência de outros aspectos. Apesar de ser uma animação, não é um filme exatamente para crianças. Eu não sabia muita coisa do filme, apenas que Jhonny Depp era o dublador do personagem principal, o que não fez a minima diferença já que vi uma cópia dublada. Depois me informando melhor este é a primeira animação feita pela Industrial Light & Magic (www.ilm.com), empresa famosa pela criação de efeitos especias para filmes há mais de 30 anos.
O filme conta a história de um camaleão metido a ator que em um acidente cai no meio do deserto e acaba se tornando xerife de um vilarejo que sofre com a falta de água. Apesar desse resumo bem simple, o filme envolve várias questões existencialistas que ao meu ver não cabem em uma animação que para os desavisados é para crianças. E aí entra meu ponto inicial, na sessão que eu estava haviam várias crianças pequenas, que não estavam entendendo nada do que acontecia na tela e com menos de 10 minutos de projeção já corriam pela sala, o que estragou complemente o filme.
Em síntese, não consegui aproveitar, a todo momento algo me desviava a atenção, mas de qualquer forma ele tem seus méritos. A animação é sensacional, o movimento, o uso de texturas, ficou tudo muito realista e eu como biólogo fiquei tentando adivinhar cada animal que aparecia que mesmo estilizado estavam perfeitos (atenção para o tatu atropelado). A trilha sonora é sensacional, no melhor estilo western, usando referências o tempo inteiro e culminando na perseguição com morcegos que é sensacional.
Espero que vocês tenham mais sorte que eu e peguem uma sessão mais tranquila, pois eu gostaria de ter aproveitado mais.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Tron: Legacy (2010)

Para começar com uma frase de efeito: A melhor e maior experiência audiovisual do ano. Podem esquecer Avatar e seu planeta Pandora totalmente influenciado por criaturas marinhas. Nada se compara a Tron em termos de universo criado, nem mesmo as próprias referências que o filme diz se basear (redes, informática, software e usuários). O uso de "efeitos especiais" na criação de um mundo sem paralelos e uma trilha sonora (elaborada pelo Daft Punk) alucinante fazem do filme algo incrível. Se você leu alguma crítica sobre o filme dizendo que o roteiro é fraco, pode ter certeza que é fraco sim, mas acho que isso se explica pela densidade visual que é o filme. Eu sairia tonto do cinema se tivesse que absorver mais uma camada de informação. Em resumo a história conta a busca do filho pelo pai desaparecido no mundo virtual criado por ele, simples assim. Esse filme é uma continuação de Tron de 1982, que eu não vi, mas que realmente não é necessário para o entendimento da história. Assim como Avatar aconselho ver o filme em 3D, não é marcante o tempo todo, mas as cenas desenhadas para aproveitar a tecnologia valem cada centavo.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1



Eu comecei a curtir Harry Potter bem tarde, e muito pela onda de pessoas perto de mim. O terceiro filme já estava saindo e nem lembro qual livro já havia sido lançado, tanto que tomei spoiler do sexto livro na cabeça antes de chegar perto de ler ele. Depois disso quando saiu o último livro comprei logo a versão em inglês para não ser bombardeado de spoilers, já que a versão em português iria levar mais alguns meses. Lembro de ter devorado o livro em poucos dias e agora chegou o filme.
Assim como nos livros, o crescimento dos personagens é o aspecto mais marcante da película, todos eles estão transformados e a transição para fase adulta dentro de toda aquela guerra é clara em cada etapa. Os três estão bem, embora a Hermione (Emma Watson) se destaque, como nos outros filmes. As cenas de ação estão bem legais, mas eu não gosto desse estilo de câmera tremida, parece que faltou dinheiro para fazer a coisa direito, o que é mentira. Mas a ação fica em segundo plano e acho que guardada para a continuação. O ponto chave do filme é a relação entre os três amigos e todo aquele misto de amizade, fraternidade e paixão.
Acredito que o filme faz jus ao livro e faz uma boa introdução a segunda parte, não tem aquela grande batalha épica, mas até o momento é o mais denso e melhor filme da saga. Só faltou um trailer da segunda parte no final.

sábado, 14 de agosto de 2010

The Karate Kid (2010)



Karate Kid foi um dos filmes mais marcantes da minha infância, vi repetidas vezes na Sessão da Tarde e nunca enjoei dele. Quando surgiram os primeiros boatos que seria feito um remake, assim como qualquer remake, torci o nariz na hora. E quando falaram que o Sr. Myiagi seria o Jackie Chan e o filme seria na China foi impossível pensar que o filme daria certo. Essa desconfiança durou até o primeiro trailer, que foi quando eu percebi que o filme não seria um remake ao pé da letra e sim uma homenagem ao clássico dos anos 80. Não vou falar a sinopse, pois a história é uma adaptação exata do origninal e caso você não conheça não devia estar aqui. Tudo que acontece no filme de 84 acontece aqui, só que ao invés de Karate é Kung Fu e o filme se passa na China, para mim um dos maiores méritos desse remake.
O contraste cultural que Dre (Jaden Smith) e a mãe dele (Taraji Henson) enfrentam ao se mudar para China deixa o filme muito mais interessante para quem conhece a história, já que é um elemento diferente do existente no original (antes que alguém diga, eles também se mudam mas não é nem de perto a mesma coisa). Outro ponto alto do filme é a química entre Han (Jackie Chan) e Dre, a cena que ficamos sabendo mais sobre a história de Han é emocionante, não lembro de ter visto Jackie Chan atuando desta maneira. Já Jaden Smith dá um banho de atuação, mostrando o mesmo talento já visto em A Busca pela Felicidade (2006). O interesse romântico de Dre, a chinesinha Wenwen Han também está muito bem no filme e a relação entre os dois condiz tanto com a idade dos dois (12 anos) e com a realidade que eles vivem.
Da metade do filme em diante, ele segue uma crescente que culmina com a luta final. As cenas do treinamento são ótimas e bem coreografadas, prestem atenção na cena que utiliza as sombras e as que se passam no Caminho do Dragão. Para mim assim como no original o campeonato não marca muito, tem lutas ótimas, mas me incomodou um pouco o uso acentuado de cabos e por isso não esperem muito do golpe final, tudo bem que o golpe da garça do Daniel Sam é muito simples, mas fizeram um golpe impossível para o remake.The Karate Kid, é uma homenagem para o filme original e atualiza para um novo público uma das melhores histórias de artes marcias já feitas. Fiquem nos créditos onde é mostrado algumas imagens da produção, vale a pena.

sábado, 7 de agosto de 2010

A Origem (Inception, 2010)


Genial em todos os aspectos, esse é o melhor adjetivo para descrever A Origem, filme escrito e dirigido por Cristopher Nolan (Amnésia e O Cavaleiro das Trevas). Fui para o cinema com medo do que iria encontrar, a produção do filme foi rodeada de mistério e as primeiras impressões que li eram de que o filme era complexo e difícil de compreender. Muito pelo contrário! Nolan consegue com maestria nos contar a história com a ajuda de efeitos visuais e uma trilha sonora impressionate. Embora todos os atores estejam muito bem no filme, a Ellen Page (Juno) como arquiteta e novata no mundo dos sonhos rouba o filme, sendo nossos olhos no filme. Já Leonardo de Caprio (Titanic, Diamantes de Sangue) tem um papel semelhante ao de Ilha do Medo, o que me incomodou um pouco, mas mesmo assim está muito bem no filme. Se você gosta de um filme original e mesmo assim curte um cinema pipoca, a Origem é a melhor combinação dos dois nas últimas duas décadas (pelo menos).

Apresentação

Como alguns já sabem, adoro cinema e como todo mundo saio com uma opnião formada do cinema. E gostaria de compartilhar com vocês minhas idéias. Vou escrever principalmente sobre filmes que estão sendo lançados mas quando encontrar algum filme mais antigo que valha a pena comentar também vou postar aqui. A mecânica do blog como diz o título é ser breve, escrevendo meu comentário em um parágrafo padrão, nada muito pequeno (para isso tem o Twitter), nada muito grande (meus dotes de escritor ainda não permitem e existem sites ótimos que já fazem críticas mais extensas). Então bem vindo e espero que vocês gostem.